Crianças em situação de vulnerabilidade redescobrem a capital com o projeto Descobrindo Brasília

Mais de 20 crianças do Varjão viveram, na última segunda-feira (14), uma imersão na história da capital federal por meio do projeto Descobrindo Brasília, promovido pela Secretaria de Atendimento à Comunidade do Distrito Federal (Seac-DF). A atividade incluiu visitas ao Museu Vivo da Memória Candanga, à Catedral Metropolitana e à Ponte JK – espaços emblemáticos do Distrito Federal.

Ao longo de duas semanas, a iniciativa contemplará 240 crianças, o dobro de participantes em relação à edição anterior. Os primeiros grupos atendidos vieram de Samambaia, Água Quente e Santa Maria. Nesta semana, além do grupo Realizando Sonhos, do Varjão, também participarão crianças do Itapoã e de Sobradinho II. O roteiro inclui ainda o Memorial dos Povos Indígenas e o Planetário de Brasília.

“Levamos crianças que nunca tiveram condições de conhecer os pontos históricos da nossa cidade, criando memórias afetivas que estimulam o interesse pelo conhecimento”, afirma a secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz. “Além disso, as visitas contribuem para mostrar às crianças que tudo tem um começo, um meio e um fim, que às vezes o caminho não vai ser fácil, mas que, com perseverança, elas podem chegar onde elas quiserem.”

O transporte das crianças é realizado por ônibus do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), e os lanches são fornecidos pelo Sesi Fibra. Durante as visitas, monitores conduzem as atividades com apoio de vídeos curtos, proporcionando um aprendizado leve e divertido. “Trazemos as crianças para realmente conhecer a história de Brasília, passando em vários pontos históricos”, explica o subsecretário da Seac-DF, José Roberto Paiva.

O passeio ocorre às vésperas do aniversário de 65 anos de Brasília, comemorado em 21 de abril. Para a estudante Sofia Rodrigues, o destaque foi entender o processo histórico da construção da cidade. “O que mais gostei foram os vídeos que mostraram mais como era antigamente. Aprendi que as pessoas de antigamente, quando iam de ônibus, era muito cheio e tinham que ir pulando de ônibus. Aquele povo foi guerreiro mesmo, eu não ia dar conta não”, compartilhou.

Já Guilherme Torres, de 11 anos, se encantou ao conhecer as ferramentas e o cotidiano dos operários da época. “Os candangos são as pessoas que vieram em um caminhão para construir a cidade do zero e acho que fizeram um ótimo trabalho. E o lambe-lambe é uma câmera antiga que a gente bota a cabeça em um pano, sem lente”, contou. “Achei interessante na hora que eles mostram os quartos, os cômodos. Não imaginava que era assim, me senti no De Volta para o Futuro.”

O Museu Vivo da Memória Candanga funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada gratuita. O local abriga a exposição permanente Poeira, Lona e Concreto, que narra a história de Brasília com objetos, fotografias, textos e ambientações dos primeiros anos da cidade. Restaurado em 2022, o espaço também promove visitas guiadas com foco em educação patrimonial.

A educadora social Thamires Neves, do projeto do Varjão, relata que a experiência impactou as crianças de forma positiva: “Eles ficaram bastante animados para conhecer Brasília e algumas coisas que as pessoas mais velhas de casa já comentaram. Foi surpreendente viver essa experiência e ver a felicidade no rosto das nossas crianças é incrível.”

Serviço
Museu Vivo da Memória Candanga
📍 Endereço: Lote D Setor Juscelino Kubitschek – Núcleo Bandeirante
📅 Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
📞 Telefones: (61) 3301-3590
📧 E-mail para agendamento de visitas: [email protected]
📲 Acompanhe a programação no Instagram oficial do espaço.

Com informações da Agência Brasília

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